Papa Bento XVI se encontra com Fidel Castro em Cuba

Papa Bento XVI se encontra com Fidel Castro em Cuba

Reunião foi última atividade oficial do pontífice na ilha comunista

AFP

Papa Bento XVI se encontra com Fidel Castro em Cuba

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O encontro mais esperado da visita do papa Bento XVI a Cuba ocorreu nesta quarta-feira. O sumo pontífice se reuniu com o líder comunista Fidel Castro, após missa celebrada em Havana que fugiu do tema política e focou no cristianismo da ilha caribenha. "Cuba e o mundo precisam mudar", resumiu Bento XVI durante a oração.

"Receberei com alegria sua excelência, o papa Bento XVI, como fiz com João Paulo II", destacou Fidel em texto oficial publicado na imprensa cubana. "É um homem cujo contato com crianças e pessoas humildes gera sentimentos de afeição. É por isso que decidi pedir alguns minutos de seu curto tempo quando soube, pelo ministro de Relações Exteriores Bruno Rodriguez, que ele estaria disposto", salientou.

Na terça-feira, Bento XVI esteve com o presidente de Cuba, Raúl Castro, irmão de Fidel. Na conversa, o papa analisou a situação do povo cubano e da Igreja Católica na ilha, segundo o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. A conversa durou cerca de 40 minutos, no Palácio da Revolução, sede do governo cubano.

O porta-voz disse ainda que o papa acompanha os apelos dos dissidentes cubanos sobre as questões políticas no país. Segundo o porta-voz, não há previsão de reuniões do papa com representantes dos dissidentes nem com religiosos que fazem a intermediação de contatos entre os críticos do governo e as autoridades cubanas.

O arcebispo de Miami, Thomas Wenski, relatou que o papa e a Igreja Católica de Cuba desejam uma “transição política digna” para os cubanos. Em uma missa por ocasião da visita do papa Bento XVI a Cuba, o arcebispo Wenski fez sermão em espanhol.

A maioria dos presentes à missa, em Miami, era formada de cubanos exilados nos Estados Unidos. “O papa e a Igreja cubana querem uma transição que seja digna para o ser humano, que seja digna para os cubanos. A Igreja quer uma transição suave e um futuro de esperança”, disse o cardeal.


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