Papa Francisco pede a cristãos que combatam o mal com o bem
Pontífice presidiu primeira Via Crucis do pontificado nesta sexta-feira
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“Queridos irmãos, a palavra da Cruz é também a resposta dos cristãos ao mal que segue atuando em nós e ao nosso redor. Os cristãos devem responder o mal com o bem, tomando sobre si a Cruz, como Jesus”, discursou ele.
Francisco saudou no Coliseu a amizade com os muçulmanos do Oriente Médio e relembrou a viagem ao Líbano de Bento XVI, quando “vimos a beleza e a força da comunhão dos cristãos daquela terra e da amizade de tantos de nossos irmãos muçulmanos e de muitos outros”. Bento XVI encomendou as meditações lidas nesta Via Crucis ao patriarca da Igreja maronita libanesa, Bechara Rai, que por sua vez pediu a dois jovens a redação do texto.
Esta foi uma forma de destacar o drama que vive o Oriente Médio, com a guerra na Síria, a difícil coexistência entre muçulmanos e cristãos, e a fuga de muitos cristãos perseguidos da região. “Às vezes nos parece que Deus não responde ao mal, que permanece em silêncio, mas na realidade Deus está falando, respondendo, e sua resposta é a Cruz de Cristo: uma palavra que é amor, misericórdia, perdão.”
"Não quero acrescentar muitas palavras. Esta noite deve permanecer apenas uma palavra, que é a própria Cruz. A Cruz de Jesus é a palavra com a qual Deus respondeu ao mal do mundo", disse o Papa argentino. “Deus nos julga nos amando. Se aceito seu amor estou salvo, se o rejeito, estou condenado, não por ele, mas por mim, porque Deus não condena, ele apenas ama e salva.”
Mais cedo, o Papa Francisco celebrou a missa da Sexta-Feira da Paixão na Basílica de São Pedro. Sob o ouro e o mármore da Basílica, o pregador da Casa Pontifical, o padre capuchinho Raniero Cantalamessa, comparou a Igreja a um “edifício antigo” e pediu que Francisco a “conduza à simplicidade e à linearidade de suas origens”.