Papa lembra Hiroshima e Nagasaki como símbolos do poder de destruição do homem
Francisco pediu o fim das guerras e a destruição das armas nucleares
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Tornou-se "o símbolo do poder desmedido da destruição humana quando se faz um uso errado dos avanços da ciência e tecnologia", declarou o Papa durante sua tradicional oração do Angelus. Francisco publicou recentemente uma encíclica sobre o meio ambiente, intitulada "Laudato si", na qual ele alerta a humanidade sobre a sua propensão excessiva ao antropocentrismo, em detrimento da natureza.
"O antropocentrismo moderno coloca a razão de ordem técnica acima da realidade. A vida está sendo abandonada às circunstâncias condicionadas pela tecnologia, vista como a principal forma de interpretar a existência", escreveu. Apelando para o que a humanidade "renuncie para sempre à guerra e acabe com as armas nucleares e de destruição em massa". Francisco destacou a necessidade de construir uma "ética da fraternidade" no mundo.
"Que em todo o mundo se eleve uma única voz: não à guerra e à violência, sim ao diálogo e à paz", exclamou o Papa. "Com a guerra, sempre perdemos, a única maneira de ganhar uma guerra é não fazê-la", acrescentou, afastando-se de seu discurso oficial.
Em 9 de agosto de 1945, às 11h02min, a explosão da bomba nuclear lançada pelos Estados Unidos destruiu 80% das construções em Nagasaki, matando cerca de 74 mil pessoas. Três dias antes, a primeira bomba atômica havia feito 140 mil mortos em Hiroshima.