Para EUA, atuação da Rússia na Crimeia foi "anexação territorial"

Para EUA, atuação da Rússia na Crimeia foi "anexação territorial"

Obama convidou líderes do G-7 para reunião na próxima semana, na Holanda

AFP / AE

Joe Biden chamou ação de confisco de território

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O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou nesta terça-feira as ações da Rússia na Crimeia, que chamou de "confisco de território", e ameaçou Moscou com novas sanções. "A Rússia alinhou todo um leque de argumentos para justificar o que não é nada mais que um confisco de território", declarou Biden em Varsóvia, em uma resposta ao discurso do presidente russo, Vladimir Putin, que acabara de anunciar em Moscou a assinatura de um tratado para incorporar a península da Crimeia à Rússia.

"O isolamento político e econômico da Rússia só pode aumentar se continuar por este caminho e verá, de fato, novas sanções dos Estados Unidos e da UE", completou Biden, em uma entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk. "Nos unimos à comunidade internacional na condenação do contínuo ataque à soberania e à integridade territorial da Ucrânia e da violação do direito internacional por parte de Putin", completou.

O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, anunciou simultaneamente que Londres decidiu suspender a cooperação militar com a Rússia. "Suspendemos toda a cooperação militar", declarou o chefe da diplomacia britânica aos deputados. Ele explicou que a medida é aplicada sobretudo às licenças de exportação, à elaboração de um acordo de cooperação militar técnica, a um exercício naval previsto para este ano em conjunto com França e Estados Unidos, assim como às visitas de autoridades militares.

Obama chama membros do G-7 para reunião


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está convidando líderes aliados para uma reunião em Haia, na Holanda, na próxima semana para discutir novas ações em resposta ao envolvimento da Rússia na Ucrânia. A porta-voz da Casa Branca, Caitlin Hayden, disse que Obama falou nesta terça-feira com líderes do G-7 e da União Europeia e convidou-os para se reunir nos bastidores de uma cúpula nuclear que será realizada na semana que vem na Holanda. Caitlin salientou que a reunião irá focar em quais passos o grupo pode tomar para responder aos desdobramentos na Ucrânia.

O grupo já suspendeu preparações para uma cúpula do G-8 que seria organizada em Sochi pela Rússia em junho. Os membros do G-7 são Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido.

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