Para Otan, ataques com mísseis russos na Ucrânia são "sinais de fraqueza"

Para Otan, ataques com mísseis russos na Ucrânia são "sinais de fraqueza"

Na visão do secretário-geral, as tropas russas "estão cedendo território pois não têm a capacidade de deter o avanço das forças ucranianas"

AFP

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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse nesta terça-feira que os ataques de mísseis feitos pela Rússia em várias cidades da Ucrânia representam um "sinal de fraqueza", já que as tropas russas estão sendo derrotadas. "Acredito que o que vimos ontem (segunda-feira, 10) é, na verdade, um sinal de fraqueza, porque a realidade é que não conseguem avançar, a Rússia está realmente perdendo o campo de batalha", disse o norueguês Jens Stoltenberg.

Na visão do secretário-geral, as tropas russas "estão cedendo território pois não têm a capacidade de deter o avanço das forças ucranianas". "O jeito que podem responder é por meio de ataques desordenados contra cidades ucranianas, atingindo civis e infraestrutura crítica", acrescentou ele.

Stoltenberg acrescenta que a aliança militar dobrou sua presença naval no Mar Báltico e no Mar do Norte, onde são relatados vazamentos de gás nos gasodutos Nord Stream 1 e 2, que ligavam a Rússia à Alemanha. Os governos da Suécia e Noruega investigam o ocorrido nesses gasodutos. O membro da Otan disse nesta terça-feira que foi "sabotagem", mas a aliança não atribuiu responsabilidades formais pelo ocorrido.

A Otan realizará na quarta-feira uma reunião de nível ministerial para revisar seu nível de preparação nuclear, após a Rússia ameaçar defender seu território com armas atômicas. "Não vimos nenhuma mudança na posição da Rússia, mas continuamos em alerta", expressou Stoltenberg.

Na próxima semana a organização realizará seu exercício anual de dissuasão nuclear, chamado Steadfast Noon. Uma operação que o representante chamou de "treinamento de rotina". Na última segunda, a Rússia lançou de suas bases, terrestres e marítimas, ataques de mísseis contra vários alvos da Ucrânia, como instalações militares e de infraestrutura.

A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, pontuou que esses ataques deixaram pelo menos 12 civis mortos e mais de uma centena feridos. 

Esses ataques intensos da Rússia ocorreram após uma explosão destruir parcialmente uma ponte construída para conectar o país à península da Crimeia, um símbolo da anexação do território pelos russos em 2014. O exército ucraniano e os serviços especiais de Kiev (SBU) não confirmaram nem negaram seu envolvimento na explosão.


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