Parente no Vale do Sinos deseja melhoras ao Papa

A foto do Papa Bento XVI ocupa lugar de destaque na casa do agricultor aposentado Ardino Ratzinger, 69 anos, morador de Ivoti, no Vale do Sinos. Embora não seja católico, ele fala com orgulho do parente distante, que nesta segunda-feira anunciou a sua renúncia por motivos de saúde. Ele acompanhou pela televisão os desdobramentos da notícia. “Só posso desejar a ele uma boa melhora”, afirmou.

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Há dois anos, Ratzinger encaminhou ao Pontífice recortes de jornal que comprovariam o parentesco ente os dois. Em troca, recebeu das mãos do bispo de Novo Hamburgo, Dom Zeno Hastenteufel, a foto que ele guarda até hoje na parede da sala e um rosário enviados pelo Papa. “Para mim foi uma alegria. É uma pessoa da gente que está no poder alto da Igreja, representando o nosso povo”, salientou o "primo gaúcho".

Na pequena cidade de 20 mil habitantes, em que predominam os descendentes de alemães, Ardino é conhecido por muitos moradores como “parente do Papa”. Alguns afirmam haver semelhança física do religioso. “O rosto dele dizem que é igual ao do meu falecido avô”, explica o agricultor aposentado.

O gaúcho lamenta não poder estar mais próximo do seu parente famoso. “Pena que não podemos estar mais perto para tirar a limpo o parentesco. Não tenho condições de ir para lá e ele já está velho para viajar”, relatou. Ardino pertence à quarta geração dos descendentes de João Ratzinger, que migrou da Alemanha para o Brasil em 1916. Além do Rio Grande do Sul, a família também se estabeleceu em Santa Catarina e no Paraná.