Paris alerta Jacarta para consequências sobre execução de francês
Brasileiro Rodrigo Gularte também foi condenado à morte por tráfico de drogas
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Serge Atlaoui, 51 anos, foi preso em 2005 em laboratório clandestino de produção de drogas sintéticas em um bairro de Jacarta, tendo sido condenado à morte em 2007. O cidadão francês afirma, desde o momento da detenção, que é inocente e que se encontrava no local instalando equipamento que acreditava ser destinado ao funcionamento de uma unidade industrial de acrílico.
Atlaoui recorreu da sentença e espera, a qualquer momento, a decisão. Se o recurso confirmar a sentença, a execução é quase imediata, mesmo para os estrangeiros. As autoridades indonésias estão preparando uma lista de condenados que devem ser fuzilados em breve e que inclui cidadãos da Austrália, do Brasil, das Filipinas, da Nigéria e de Gana.
No caso em que o cidadão francês se encontra envolvido foram detidas mais oito pessoas, também condenadas à morte.
"O que nos parece chocante é que o nome do nosso compatriota é o único envolvido no caso e que figura na lista daqueles que podem vir a ser executados", acrescentou a embaixadora.
A legislação antidroga na Indonésia é considerada uma das mais severas do mundo. Em 2014, o presidente indonésio Joko Widodo, que encerra o mandato em outubro, rejeitou todos os pedidos de clemência apresentados pelos condenados à morte. Entre eles está o brasileiro Rodrigo Gularte, preso em 2004 com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe e condenado em 2005. Em janeiro, a Indonésia executou seis traficantes, incluindo o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, o que causou uma crise diplomática entre os dois países.
A Indonésia, que retomou as execuções em 2013 depois de cinco anos de moratória, tem 133 prisioneiros condenados à morte, dos quais 57 por tráfico de droga, dois por terrorismo e 74 por outros crimes.