Paris lembra um ano dos atentados ao jornal Charlie Hebdo
Presidente François Hollande prestou homenagem às forças policiais
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As homenagens começaram nessa terça-feira com a inauguração de placas de homenagem na rua Nicolas-Appert, diante da antiga sede do Charlie Hebdo, onde, em 7 de janeiro, foram assassinadas 12 pessoas, em Montrouge. No dia 8, foi assassinada uma policial municipal e na Porte de Vincennes, diante da mercearia judaica onde quatro pessoas também morreram no dia 9.
Um ano após o atentado que matou as principais figuras da caricatura francesa, o jornal escolheu para a capa um desenho do cartunista Riss, que apresenta um Deus assassino, com barba e armado de uma kalachnikov, sob o título "Um ano depois, o assassino continua solto".
A edição de 32 páginas - em vez das habituais 16 - conta com um caderno especial de desenhos dos cartunistas assassinados há um ano Cabu, Wolinski, Charb, Tignous e Honoré, cartuons dos atuais colaboradores, assim como textos da ministra francesa da Cultura, Fleur Pellerin, das atrizes Isabelle Adjani, Charlotte Gainsbourg, Juliette Binoche e do músico Ibrahim Maalouf, entre outras personalidades.
No editorial, o diretor do jornal e desenhista sobrevivente do atentado denuncia "os fanáticos embrutecidos pelo Corão" e outros religiosos que tinham desejado a morte do jornal por "ousar rir da religião", garantindo que "as convicções dos ateus e dos laicos fazem mover mais montanhas que a fé dos crentes".