Paris processa Airbnb por aluguéis sem permissão
Hotéis tradicionais e moradores reclamaram da especulação imobiliária
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A audiência acontecerá no dia 12 de junho, informou Ian Brossat, conselheiro da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, para a Habitação. O Airbnb afirmou que a decisão das autoridades de Paris é "decepcionante" e afetará "principalmente os parisienses". "A regulamentação de aluguéis turísticos mobiliados em Paris é complexa, confusa e mais adequada para os profissionais que para os particulares", afirmou a empresa americana em um comunicado.
As autoridades de Paris, como outras cidades em todo o mundo, aprovaram regras mais rígidas para o funcionamento do Airbnb, após as queixas dos hotéis e moradores de que os aluguéis de férias alimentam a especulação imobiliária. Em novembro de 2017, Paris estabeleceu em 120 o número de dias que uma pessoa pode alugar sua casa por ano.
Desde dezembro, os proprietários que utilizam o Airbnb devem estar registrados na prefeitura e o número de registro deve aparecer no anúncio para que a prefeitura consiga verificar o cumprimento do limite de 120 dias. "Mas Airbnb e Wimdu não retiraram os anúncios sem o número de registro", denunciou Brossat.
De acordo com Brossat, 84% dos anúncios não cumprem a regra. Caso os anúncios não sejam retirados, a prefeitura deseja uma multa de 1 mil euros por dia de atraso e de 5 mil euros por dia para cada nova publicação sem o número de registro.