Parlamento europeu apoia iraniana condenada a apedrejamento

Parlamento europeu apoia iraniana condenada a apedrejamento

Deputados devem submeter resolução a favor de Sakineh Mohammadi Ashtiania a uma votação na quarta-feira

AFP

Parlamento europeu apoia iraniana condenada a apedrejamento

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O Parlamento europeu concedeu apoio unânime nesta segunda-feira à iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento. "É indispensável continuar denunciando uma prática desumana, de outra época", disse, em nome da Comissão Europeia, o comissário da Agricultura, Dacien Ciolos.

O Parlamento europeu mudou sua agenda do dia para tratar o caso desta iraniana, considerado uma urgência. "A ideia de apedrejamento é tão bárbara que nossa condenação deve ser total", completou Ciolos.

Os deputados europeus devem submeter uma resolução a favor de Sakineh Mohammadi Ashtiania a uma votação na quarta-feira. Sakineh Mohammadi Ashtiani, 43 anos, condenada à morte por apedrejamento por adultério e assassinato, foi também condenada dias atrás a 99 chicotadas.

O filho de Sakineh Mohamadi Ashtiani declarou nesta segunda-feira que temia que a sentença fosse executada no fim do Ramadã, mês de jejum muçulmano, no dia 10 de setembro, em conversa por telefone com o escritor francês Bernard Henri Levy, na presença da imprensa.

No entanto, o ministro de Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, declarou em Roma que "nenhuma decisão já foi tomada" em Teerã em relação a Sakineh Mohammadi Ashtiani. "Antes de ontem fizemos uma gestão em Teerã em coordenação com a presidência belga da União Europeia. Nosso embaixador reuniu-se com as autoridades iranianas, que nos disseram que nenhuma decisão foi tomada ainda", declarou Frattini, citado pela agência Ansa, a uma rádio italiana.

Chibatadas

A iraniana ainda recebeu 99 chibatadas por causa de uma fotografia publicada no jornal britânico The Times em que uma mulher, que autoridades do Irã dizem ser ela, aparece com o rosto descoberto – algo proibido pelas leis islâmicas.

A informação foi publicada neste domingo pelo jornal norte-americano The New York Times, que citou como fonte um advogado dela, Javid Kian. A rede americana CNN e a agência de notícias Associated Press também divulgaram a notícia.

Segundo o advogado, o castigo foi executado na prisão de Tibriz, no norte do Irã, onde ela está detida. Sakineh responde pelos crimes de adultério e pelo assassinato de seu marido, em 2004, em cumplicidade com seu suposto amante e um irmão dele.


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