Passageira vence causa contra judeu ortodoxo que não quis sentar ao lado de uma mulher
Empresa aérea terá que realizar campanha educativa com seus funcionários sobre discriminação
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É a primeira vez que um processo desse tipo é aberto ante a justiça de Israel, uma vez que incidentes similares já ocorreram em voos da companhia aérea nacional israelense, afirmou Anat Hoffman, presidente do Centro de Ação Religiosa de Israel (IRAC). A IRAC, uma associação que defende o judaísmo reformado em Israel, se constituiu como a parte civil no processo e representou a passageira, Renee Rabinovitch.
Em dezembro de 2015, um comissário de bordo pediu à octogenária a bordo de um voo Nova Iorque-Tel Aviv que trocasse de lugar a pedido de um passageiro judeu ultraortodoxo que se negava a sentar ao lado dela por ser uma mulher. Renee Rabinovitch trocou de lugar, mas apresentou queixa por discriminação contra a El-Al. Os judeus ortodoxos praticam regras muito rígidas de separação entre homens e mulheres.
Um tribunal israelense decidiu que "de forma alguma um membro da tripulação pode pedir a um passageiro (...) por causa de seu sexo que troque de cadeira em um avião (...), pois isso constitui uma violação da lei que proíbe a discriminação". Segundo o veredicto, a El-Al terá de realizar uma campanha educativa com seus funcionários sobre o tema.