Passageira vence causa contra judeu ortodoxo que não quis sentar ao lado de uma mulher

Passageira vence causa contra judeu ortodoxo que não quis sentar ao lado de uma mulher

Empresa aérea terá que realizar campanha educativa com seus funcionários sobre discriminação

AFP

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Uma passageira de 83 anos que teve de trocar de cadeira em um voo da companhia israelense El-Al a pedido de um passageiro judeu ultraortodoxo que se negava a sentar a seu lado por ela ser mulher. Ela venceu o processo que abriu ante um tribunal israelense.

É a primeira vez que um processo desse tipo é aberto ante a justiça de Israel, uma vez que incidentes similares já ocorreram em voos da companhia aérea nacional israelense, afirmou Anat Hoffman, presidente do Centro de Ação Religiosa de Israel (IRAC). A IRAC, uma associação que defende o judaísmo reformado em Israel, se constituiu como a parte civil no processo e representou a passageira, Renee Rabinovitch.

Em dezembro de 2015, um comissário de bordo pediu à octogenária a bordo de um voo Nova Iorque-Tel Aviv que trocasse de lugar a pedido de um passageiro judeu ultraortodoxo que se negava a sentar ao lado dela por ser uma mulher. Renee Rabinovitch trocou de lugar, mas apresentou queixa por discriminação contra a El-Al. Os judeus ortodoxos praticam regras muito rígidas de separação entre homens e mulheres.

Um tribunal israelense decidiu que "de forma alguma um membro da tripulação pode pedir a um passageiro (...) por causa de seu sexo que troque de cadeira em um avião (...), pois isso constitui uma violação da lei que proíbe a discriminação". Segundo o veredicto, a El-Al terá de realizar uma campanha educativa com seus funcionários sobre o tema.

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