Passaporte sírio em Paris pode ser pista falsa plantada por EI

Passaporte sírio em Paris pode ser pista falsa plantada por EI

Objetivo seria "radicalizar" o debate migratório

AFP

Ministro alemão do Interior garantiu ter indicações de que EI usou passaporte como pista falsa

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O ministro alemão do Interior, Thomas de Maizière, garantiu nesta terça-feira dispor de "indicações", que dão a entender que o passaporte sírio encontrado no local dos atentados de Paris é uma "manobra" e uma falsa pista orquestrada pelo Estado Islâmico (EI). “Existe indicações, de que se trata de uma (falsa) pista orquestrada, mas também não é mais possível excluir que se trate de um terrorista que foi para a Europa, para a França, provavelmente pela Alemanha", disse o ministro em entrevista coletiva.

Entre os indícios de que pode se tratar de uma pista falsa, De Maizière destacou que o passaporte tem entradas pela Grécia, pela Sérvia e pela Croácia, enquanto a esmagadora maioria dos imigrantes se recusa a ter qualquer tipo de registro até chegar à Alemanha.

Ainda de acordo com o ministro alemão, "houve informações na segunda-feira de que um outro passaporte com o mesmo nome e (pertencente a uma outra) pessoa apareceu na Sérvia”. “Estamos em contato com as autoridades sérvias”, disse.

"Falta, então, determinar se se trata de um refugiado enviado pelo EI ou se é mais uma jogada, articulada por parte do EI, que orquestrou essa pista para preocupar as pessoas", completou De Maizière.

O ministro alemão da Justiça, Heiko Maas, já havia comentado que o passaporte de um refugiado sírio, encontrado no local de um dos atentados em Paris, poderia ser "uma falsa pista", lançada pelo Estado Islâmico para "radicalizar" o debate migratório.

O passaporte sírio encontrado está em nome de Ahmad al Mohammad, de 25 anos. Havia sido usado por um homem, que passou pela ilha de Leros, frente à costa turca, em 3 de outubro. Ele deixou a Grécia em uma data desconhecida e foi visto pela última vez na Croácia, alguns dias depois. A identidade que consta do passaporte também pode corresponder à de um soldado do presidente sírio, Bashar al-Assad, morto há vários meses, disse hoje uma fonte ligada à investigação na França.

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