Pastor que queimou Alcorão não se sente responsável por ataque à ONU

Pastor que queimou Alcorão não se sente responsável por ataque à ONU

Escritório das Nações Unidas foi invadido no Afeganistão e 12 pessoas morreram

AFP

Pastor que queimou Alcorão não se sente responsável por ataque à ONU

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O pastor americano que queimou um exemplar do Alcorão, no mês passado, assegurou nesta sexta-feira que não se sente responsável pelo ataque de manifestantes ao escritório da Organização das Nações Unidas no Afeganistão. "Ficamos aflitos com esta notícia", declarou o pastor integrista Terry Jones. A invasão da sede da ONU em Mazar-i-Sharif deixou 12 mortos, incluindo sete funcionários das Nações Unidas.

Jones acusou "os elementos radicais do Islã de procurar uma desculpa para justificar sua violência". Ele prosseguiu dizendo que "chegou o momento de pôr fim à violência que existe em países muçulmanos, como Paquistão e Afeganistão".

No dia 20 de março, o pastor, que comanda um pequeno grupo cristão chamado "Dove World Outreach Center", em Gainesville, no sudeste dos Estados Unidos, incendiou um exemplar do livro sagrado do islamismo, ao final de um "julgamento" encenado no templo. O pastor já tinha suscitado polêmica em setembro de 2010, quando ameaçou colocar fogo no Alcorão, mas desistiu após diversas advertências feitas por chefes de Estado, incluindo do papa Bento XVI.

Os manifestantes que atacaram a ONU fizeram uma declaração exigindo que o governo afegão "corte qualquer ligação diplomática com os Estados Unidos se o pastor que queimou o Alcorão não for julgado".

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