Pedido de visto de atiradora nos EUA revela falhas do serviço de imigração
Documentação de Tashfeen Malik não teria passado pelos filtros exigidos
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"Depois de revisar o expediente de imigração de Tashfeen Malik, parece claro que as autoridades migratórias não passaram seu pedido de visto pelos filtros exigidos", diz em um comunicado o republicano Bob Goodlatte, que teve acesso ao documento na qualidade de presidente da Comissão de Justiça.
O atentado, que ocorreu em 2 de dezembro, na localidade de San Bernardino, Califórnia, é tratado pelo FBI como um ato de terrorismo de inspiração islamita. Goodlatte assinalou que o expediente carecia de provas suficientes de que Tashfeen, nascida no Paquistão, e o americano Syede Farook se conheciam pessoalmente, antes de a jovem receber o visto do tipo
K1.
Para obter este visto, conhecido como "visto de casal", porque autoriza um dos parceiros a entrar nos Estados Unidos para se casar, é necessário que o futuro casal prove que se conhece pessoalmente. Segundo Goodlatter, o visto foi concedido apesar de a informação adicional exigida por um funcionário não ter sido entregue pelo casal, e os selos de visto sauditas, apresentados como prova de que os dois estiveram juntos na Arábia Saudita, são ilegíveis e não representam uma prova.
O deputado acusou o governo de Barack Obama de não ter tomado as medidas necessárias para avaliar os solicitantes de visto. O casal abriu fogo durante a festa de Natal dos funcionários da empresa em que Farook trabalhava. Ambos foram mortos em confronto com a polícia.