Pentágono quer reduzir Exército ao nível de antes da Segunda Guerra

Pentágono quer reduzir Exército ao nível de antes da Segunda Guerra

Secretário da Defesa, Chuck Hagel, recomendou que a quantidade de soldados passe de 520 mil para 440 mil

AFP

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Pentágono tenta reduzir a quantidade de soldados no Exército ao seu menor nível, que remonta a 1940, anunciou nesta segunda-feira o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel. Ele recomendou que a quantidade de soldados ativos passe de 520 mil a 440 mil ou 450 mil, argumentando que, depois do Iraque e do Afeganistão, os Estados Unidos não planejam ter um Exército para "operações de estabilização amplas e longas".

O anúncio foi feito durante um discurso sobre a proposta de orçamento militar, realizado nesta segunda-feira.
Se aprovada, a proposta reduzirá em 13% os contingentes do Exército, a seu menor nível desde antes da Segunda Guerra Mundial. A medida seria concluída até 2017, explicouum oficial militar que pediu para não ser identificado. A iniciativa surge em um cenário de crescente pressão por contenção de gastos, depois de o país ter atingido o número recorde de 566 mil soldados, em 2010. As tropas americanas já deixaram o Iraque, e o presidente Barack Obama prometeu acabar com o conflito no Afeganistão até o final deste ano.

O Pentágono pretendia originalmente reduzir a sua força terrestre para 490 mil homens, mas Hagel avisou que, para adaptar-se às ameaças futuras, era preciso "acelerar o ritmo". Segundo ele, as mudanças "vão resultar em um Exército menor, mas vão ajudar a garantir que as tropas sejam mantidas bem treinadas e superiores em armas e equipamentos". Suas declarações confirmaram que os Estados Unidos abandonaram a ideia de garantir que o país possa participar simultaneamente de duas guerras de grande porte. Hagel também pediu uma contenção no aumento dos salários, responsáveis por quase metade do orçamento militar.

Os gastos bélicos duplicaram depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, mas entraram em declínio quando congressistas passaram a pressionar por cortes Depois de um acordo bipartidário aprovado em dezembro, o Departamento de Defesa terá um orçamento de 496 bilhões de dólares em 2015. Mas o Pentágono tem uma "lista de desejos" de US$ 26 bilhões que podem servir para o desenvolvimento de novas armas e para os programas de treinamentos. Hagel advertiu que se os cortes automáticos no orçamento continuarem pelos próximos dois anos, os efeitos poderão ser devastadores e obrigar a mais reduções drásticas de homens e equipamentos.
A proposta final de orçamento para o país será apresentada oficialmente em 4 de março.

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