Peru nega ao Uruguai perseguição política a ex-presidente Alan García

Peru nega ao Uruguai perseguição política a ex-presidente Alan García

Político pediu asilo na embaixada após ser proibido de deixar o país

AFP

Político pediu asilo na embaixada após ser proibido de deixar o país

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O Peru entregou, nesta terça-feira, uma nota ao embaixador do Uruguai na qual destaca que o estado de direito e a separação dos poderes vigoram no país - três dias depois de o ex-presidente Alan García ter pedido asilo, alegando ser vítima de uma "perseguição política". O presidente peruano Martín Vizcarra tinha se comprometido no domingo com seu homólogo uruguaio Tabaré Vázquez a lhe enviar antecedentes para que resolva o pedido de asilo de García, que permanece na embaixada uruguaia desde sábado, após a Justiça lhe proibir de deixar o Peru, enquanto é investigado por supostos atos de corrupção ligados à empreiteira brasileira Odebrecht.

"A nota destaca que no Peru impera a democracia, o estado de direito e a separação de poderes, bem como a plena vigência dos direitos humanos e liberdades fundamentais", afirmou a Chancelaria peruana em comunicado. "Pontua que em nosso país não existe perseguição política de nenhum tipo. Mesmo assim, esclarece que o Poder Judiciário e o Ministério Público agiram no caso do ex-presidente García com rigoroso respeito ao devido processo e a todas as garantias" constitucionais.

A nota diplomática foi preparada pelo Ministério da Justiça e entregue pelo vice-chanceler peruano Hugo de Zela ao embaixador Carlos Barros na sede da chancelaria peruana. "A documentação será enviada imediatamente ao governo do Uruguai", disse o embaixador à imprensa após se encontrar com De Zela.

O pedido de asilo será analisado em Montevidéu "por todo o tempo que for necessário", acrescentou Barros, recusando-se a comentar quando um jornalista perguntou se ele considerava García uma vítima de perseguição política. "Eu não considero nada", respondeu.

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