Petróleo opera em baixa após Harvey atingir refino nos EUA, mas gasolina dispara
Com produção comprometida, quase 15% da capacidade de refino do país foi paralisada
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Ainda na forma de furacão, o Harvey atingiu a costa do Texas no último sábado, causando mortes, graves alagamentos e fechando refinarias, incluindo a unidade da ExxonMobil em Baytown, que é menor apenas que a da Saudi Aramco em Port Arthur. Esta segunda unidade está na trajetória da tempestade.
Petrolíferas ainda tentam avaliar o alcance dos danos, e provavelmente, serão necessários mais alguns dias para que se possa estimar quanto tempo as refinarias ficarão fechadas, segundo Ric Spooner, estrategista da CMC Markets.
O Harvey é o primeiro furacão a atingir refinarias nos EUA desde a ascensão do país como um crescente produtor e exportador de petróleo, de forma que o impacto desta vez deverá ser mais duradouro do que no caso de tempestades anteriores.
Espera-se que a redução da capacidade de refino atinja a demanda da região afetada por petróleo bruto, o que pesa nos futuros da commodity.
Às 7h31 (de Brasília), o barril do petróleo tipo Brent para outubro caía 0,06% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 52,38, enquanto o do WTI para o mesmo mês tinha queda mais expressiva na New York Mercantile Exchange (Nymex), de 1,15% , a US$ 47,32.
Por outro lado, o galão de gasolina para setembro negociado na Nymex subia 3,1% por volta das 6h20 (de Brasília), uma vez que o Harvey comprometeu a produção americana do combustível.