Polícia inicia retirada de ativistas da embaixada da Venezuela nos EUA
Forças de segurança entraram no edifício para negociar com representantes da ocupação
publicidade
A polícia iniciou nessa segunda-feira a operação para retirar da embaixada da Venezuela em Washington ativistas americanos que rejeitam a entrada da delegação do líder opositor Juan Guaidó. "As autoridades já deram o passo", confirmou Rafael Alfonso, membro da delegação de Carlos Vecchio, representante de Guaidó nos Estados Unidos. A polícia se aproximou da porta, quebrou o cadeado e retirou as correntes.
Em seguida, conversou com os ativistas dentro do prédio e com Mara Verheyden-Hilliard, advogada da Associação para a Justiça Civil, que negociou com os agentes. Depois de cinco minutos, os agentes voltaram a fechar a porta e os militantes voltaram ao segundo andar do prédio. "Eles estão defendendo a lei internacional, defendendo a convenção de Viena e estão preocupados com um efeito cascada", disse a advogada dos ativistas.
Um grupo de 100 venezuelanos com bandeiras e cantando o hino nacional aguardava a desocupação da embaixada, um prédio de quatro andares. O autodenominado Coletivo para a Proteção da Embaixada (Embassy Protection Collective) ocupa há semanas a sede diplomática, com o aval do governo de Nicolás Maduro. O propósito dos ativistas, que denunciam a intenção de Guaidó de dar um golpe de Estado em Maduro, é impedir a entrada dos delegados do autoproclamado presidente interino, reconhecido pelos EUA e outros 50 países.