Policial lotado em escola da Flórida não agiu para impedir massacre

Policial lotado em escola da Flórida não agiu para impedir massacre

Xerife revelou que oficial de segurança estava devidamente armado em seu horário de serviço

AFP

Xerife revelou que oficial de segurança estava devidamente armado em seu horário de serviço

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O policial destacado na escola da Flórida onde um atirador matou 17 pessoas na semana passada não entrou no edifício para tentar impedir o massacre,  afirmou o xerife Scott Israel, nesta quinta-feira. O oficial Scott Petersen "absolutamente esteve no campus durante todo o ocorrido", declarou em coletiva de imprensa.

No dia 14 de fevereiro, Nicolas Cruz, de 19 anos, entrou na escola Marjory Stoneman Douglas da cidade de Parkland - ao norte de Miami - e matou 17 estudantes, professores e seguranças. Durante o ataque, Peterson permaneceu fora do edifício. "Estava armado, estava uniformizado", assinalou o xerife do condado de Broward, ao qual Parkland pertence.

De acordo com o vídeo de segurança, que não será divulgado, Peterson permaneceu em posição, no canto do edifício, mas "nunca entrou". Israel disse que Petersen deveria ter "entrado, enfrentado o atirador, matado o assassino". Também informou que suspendeu o oficial, sem direito a salário, e que este, ao contrário, decidiu se demitir.

Esta revelação é feita quando a sociedade americana debate a possibilidade de dotar professores e funcionários das escolas de armas e, eventualmente, que sejam capazes de se defender e proteger as crianças de um tiroteio em massa. O presidente Donald Trump declarou nesta quinta-feira que as escolas "sem armas" são um ímã para os assassinos maciços. Na quarta-feira, havia dito que estudaria a ideia de armar alguns professores.

Mas a insistência de Trump em armar os docentes gerou rejeição no setor. "Trazer mais armas para nossas escolas não faz nada para proteger nossos alunos e educadores da violência", disse Lily Eskelsen García, presidente da Associação Nacional de Educação (NEA), a maior união de profissionais dos Estados Unidos com quase três milhões de membros.

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