Por ebola, Serra Leoa proíbe celebrações públicas no Natal e Ano Novo

Por ebola, Serra Leoa proíbe celebrações públicas no Natal e Ano Novo

Governo anunciou que militares estarão nas ruas para impedir aglomerações

AFP

Serra Leoa decidiu proibir festas de fim de ano por ebola

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As reuniões públicas para o Natal e Ano Novo serão proibidas este ano em Serra Leoa devido ao ebola, indicou nesta sexta-feira o chefe do Centro Nacional de Luta Contra a Epidemia (NERC), Palo Conteh. "Não haverá celebrações de Natal ou Ano Novo este ano", disse a repórteres, acrescentando que "os militares estariam nas ruas" para evitar qualquer festa.

"Vamos garantir que todos permaneçam em casa para refletir sobre o perigo do ebola", afirmou, sem especificar uma data ou quaisquer exceções.

De acordo com as estatísticas oficiais, Serra Leoa compreende cerca de 60% de muçulmanos e "entre 25 e 30%" de cristãos. Apesar disso, Natal e Ano Novo dão espaço a reuniões públicas ou eventos festivos sem distinção de religião.

Em Freetown, a capital do país cuja população é estimada em cerca de 1,2 milhão de habitantes, boates e bares estão fechados há meses por causa do estado de emergência declarado em 31 de julho devido ao ebola e ainda em vigor.

Também em razão da doença, os muçulmanos comemoraram o Eid al-Adha sem pompa e com reduzidos encontros no início de outubro. E mais da metade das 14 províncias do país estão sujeitas a restrições de tráfego.

A atual epidemia de ebola foi declarada no sul da Guiné em dezembro de 2013 e, desde então, já causou mais de 6,5 mil mortes, 99% na Libéria, Serra Leoa e Guiné. Apesar de a Libéria concentrar quase metade das mortes, Serra Leoa tornou-se o país mais afetado em relação ao número de casos.

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