Príncipe William visita zona devastada por tsunami no Japão
Vários sobreviventes entregaram tsurus de origami, símbolo japonês de boa sorte
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O segundo na ordem de sucessão ao trono britânico viajou a Ishinomaki, uma das localidades mais afetadas pelas ondas gigantescas de 11 de março de 2011 que deixaram 19 mil mortos. O príncipe, de 32 anos, depositou um buquê de flores em um monumento em memória das vítimas, inclinando sua cabeça em direção à zona onde centenas de pessoas viviam antes que suas casas fossem totalmente destruídas.
Várias crianças ofereceram a William tsurus de papel vermelho feitos por sobreviventes do tsunami, que ainda vivem em casas temporárias. Com um grande sorriso, o príncipe agradeceu as crianças em japonês. "Quando demos os pássaros, nos disse que seu filho ficaria feliz", explicou uma menina à rede de televisão NHK. "Vou me lembrar deste dia por toda a minha vida", acrescentou.
O pai do pequeno George, que em julho completará dois anos, também visitou um museu dedicado ao tsunami, assim como uma zona comercial temporária construída em Onagawa, a leste de Ishinomaki.
Os núcleos de três reatores da central nuclear de Fukushima se fundiram no desastre. Dezenas de milhares de pessoas não podem voltar as suas casas devido à contaminação, mas as autoridades afirmam que a zona afetada é limitada e que os níveis de radiação são normais em boa parte das regiões do nordeste.
No sábado, o príncipe jantou com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e mais cedo - para deleite dos fotógrafos - William havia vestido a rica indumentária e o elmo de um samurai durante uma visita aos estúdios da rede de televisão japonesa NHK.
Na sexta-feira o príncipe se encontrou com a família imperial japonesa em seu palácio, no coração de Tóquio, em um dia no qual sua mãe, a princesa Diana, foi lembrada.
William representa não apenas a rainha da Inglaterra, que, com 88 anos, delega cada vez mais suas viagens ao exterior, mas também seu pai, o príncipe Charles, cuja última visita ao Japão ocorreu em 2008. O príncipe viajará neste domingo a Pequim, com a esperança de estreitar as relações com a China.
Seu pai, o príncipe Charles, que mantém uma boa relação com o Dalai Lama, havia classificado em certa ocasião os líderes chineses de "pavorosas estátuas de cera", em um diário particular vazado pela imprensa.