Presidente da França classifica como dramática operação na Argélia

Presidente da França classifica como dramática operação na Argélia

Japão exigiu cancelamento de ação militar que teria libertado 600 reféns e deixado 49 mortos

AFP

Exército liberta 600 reféns argelinos em campo de gás

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Países estrangeiros estão preocupados com a operação de resgate de reféns em um campo de gás da Argélia, capturados por extremistas islâmicos. O presidente da França, François Hollande, classificou a situação como “dramática”.  Nesta tarde, o ministro argelino das Comunicações, Mohamed Said, confirmou que alguns reféns em mãos dos islamitas armados morreram ou ficaram feridos durante o ataque do exército argelino a um campo de gás nesta quinta-feira para libertá-los.

"As autoridades argelinas me informam regularmente sobre a situação, mas ainda não disponho de elementos suficientes para fazer uma avaliação", afirmou Hollande em uma reunião com dirigentes econômicos no palácio do Eliseu. "O que acontece na Argélia justifica ainda mais a decisão que tomei em nome da França de ajudar o Mali em conformidade com a Carta das Nações Unidas e a pedido do presidente desse país", acrescentou.

Para Hollande, a atitude da França "trata-se de por fim a uma agressão terrorista e permitir que os africanos se mobilizem para preservar a integridade territorial de Mali".

Os Estados Unidos também expressaram sua preocupação em relação à operação e disse que pedirá um esclarecimento às autoridades argelinas. "Obviamente estamos preocupados com a informação sobre a perda de vidas humanas", afirmou o porta-voz do presidente Barack Obama, Jay Carney. "Tentaremos pedir esclarecimentos."

O Japão exigiu que Argélia cesse imediatamente a ação militar. Um porta-voz do governo informou que o primeiro-ministro Shinzo Abe, que se encontra em Bangcoc, ligou para seu colega argelino para expressar sua "profunda preocupação" a propósito do que ocorre no país. "Ele disse que essas ações devem ser suspensar", afirmou o porta-voz Yoshihide Suga.

Exército libertou 600 reféns nesta quinta


Nesta quinta, o exército da Argélia libertou 600 reféns detidos em um campo de exploração de gás Tiguenturin durante operação contra os islamitas armados. O local fica a 40 quilômetros da instalação de In Amenas, onde pelo menos 49 pessoas foram mortas em um bombardeio aéreo das forças militares. Segundo fontes islamitas, seria 34 reféns e 15 sequestradores. Segundo Agência Nacional argelina APS, os trabalhadores de Tiguenturin foram resgatados por helicópteros que sobrevoavam o campo.

O ataque que vitimou quase 50 pessoas mais cedo ocorreu sequestradores tentavam transportar uma parte dos reféns. Na operação, quatro reféns estrangeiros, dois britânicos, um queniano e um francês, foram libertados, informou a Agência Nacional APS.

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