Presidente da Somália assina polêmica lei que prolonga seu mandato por dois anos

Presidente da Somália assina polêmica lei que prolonga seu mandato por dois anos

Mandato de Mohamed Abdullahi Mohamed terminou em fevereiro

AFP

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O presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed, conhecido como "Farmajo", assinou uma polêmica lei que prolonga por dois anos seu mandato que expirou em fevereiro, uma decisão que agrava a crise política deste país muito afetado pela violência. O chefe de Estado somali "promulgou a resolução especial que guia as eleições do país, após sua adoção de maneira unânime pelo Parlamento" na segunda-feira, anunciou a Rádio Mogadíscio.

A comunidade internacional, com Estados Unidos à frente, advertiu contra a resolução, que considera uma ameaça para o frágil equilíbrio político do país. O presidente do Senado somali também considerou inconstitucional o texto votado pela Câmara dos Deputados e que foi promulgado sem passar pela Câmara Alta, como prevê o processo legislativo.

A nova lei prevê a organização de eleições até 2023, mas a celebração da primeira votação completamente democrática por sufrágio universal direto desde 1969 esbarra em várias divergências políticas e, sobretudo, questões de segurança.

A Somália não cumpriu o prazo para celebrar eleições até 8 de fevereiro, data em que o presidente Farmajo deveria abandonar o poder. Uma coalizão opositora considera que o presidente é ilegítimo e pede sua renúncia. Várias tentativas de negociação entre as partes fracassaram.

A Somália não tem um governo central eficaz desde a queda do regime militar de Siad Barre em 1991, que provocou décadas de guerra civil e insurreição islamita.


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