Presidente da Turquia diz que o país "boicotará" produtos eletrônicos americanos
Produtos da Apple são muito usados na Turquia, incluindo por Erdogan
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Os produtos da Apple são muito usados na Turquia, incluindo por Erdogan, que costuma ser fotografado com um iPhone e com um iPad na mão. Durante a tentativa de golpe de Estado de 15 a 16 de julho de 2016, o presidente turco pediu a seus seguidores que fossem às ruas, recorrendo ao aplicativo FaceTime, desenvolvido pela Apple. As declarações de Erdogan surgem no momento em que Ancara e Washington, dois aliados na Organização do Tratado do Atlântico Norte ( Otan), atravessam uma crise diplomática que preocupa os mercados da Turquia e que acelerou o colapso da lira turca.
Depois de vários meses de tensão, as relações se complicaram mais, com a detenção na Turquia do pastor americano Andrew Brunson. Os Estados Unidos impuseram sanções contra dois ministros turcos, e a Ancara respondeu com medidas similares. Na sequência, o presidente americano, Donald Trump, anunciou o aumento das tarifas de importação do aço e do alumínio turcos. Essas disputas provocaram a queda da lira turca nos últimos dias. A divisa parecia, porém, começar a se recuperar nesta terça, um dia depois de o Banco Central turco anunciar uma série de medidas.
Ao tratar sobre o colapso, Erdogan responsabilizou um "complô político", promovido, segundo ele, pelos Estados Unidos. "Não hesitam em usar a economia como uma arma", declarou, garantindo que a economia turca funciona "como um relógio, graças a Deus".