Presidente de mina é indiciado na Turquia
Mais de 300 trabalhadores morreram e tragédia revoltou a população
publicidade
Além de Gürkan, no domingo foram detidos e indiciados o diretor geral da mina, Ramazan Dogru, o diretor operacional, Akin Celik, dois engenheiros, dois supervisores e um técnico. Outros funcionários da empresa foram indiciados, mas deixados em liberdade sob controle judicial. A direção da empresa anunciou na sexta-feira que respeitaram as normas de segurança.
Segundo um relatório preliminar da investigação, citado pela imprensa turca, o nível de monóxido de carbono, um gás letal, registrado no momento do acidente era muito superior ao limite estabelecido pelas normas de segurança. O documento também destaca o forte calor nas galerias e que os trabalhos não foram suspensos.
O procurador de Soma, Bekir Sahiner, descartou a possibilidade do incêndio que destruiu a mina ter sido provocado por uma falha no sistema elétrico, como sugeriram algumas testemunhas, e destacou a possibilidade de uma "combustão de carvão que entrou em contato com o ar".
As operações de resgate e recuperação dos corpos foram concluídas no sábado. A catástrofe, a tragédia com o maior número de mortos na história da Turquia, provocou a revolta da população contra o governo islamita-conservador do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, acusado de negligência e falta de sensibilidade.