Presidente do Egito e rei da Jordânia se colocam contra políticas punitivas em Gaza

Presidente do Egito e rei da Jordânia se colocam contra políticas punitivas em Gaza

Fatah e o rei Abdullah II condenaram o deslocamento forçado de refugiados palestinos para seus países

AFP

publicidade

O presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, teve nesta quinta-feira, no Cairo, um encontro com o rei da Jordânia, Abdullah II, no qual discutiram o conflito em curso entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas. Ambos reafirmaram em uma posição conjunta que são contra políticas punitivas em Gaza, como cerco, corte de itens básicos e avisos para migração forçada dentro da região. 

Os dois líderes rejeitaram ainda qualquer tentativa forçada de direcionar refugiados para seus respectivos países. Fatah e Abudllah II pediram pelo término imediato do conflito em Gaza, pela proteção de civis e pelo fim do cerco à região, além da liberação para entrega de ajuda humanitária. "Se a guerra não parar e expandir, o conflito poderá levar o Oriente Médio a uma castástrofe", afirmaram os dois dirigentes.  

Inicialmente, os chefes de Estado egípcio e jordaniano se reuniriam ontem, em Amã, com o presidente americano, Joe Biden, e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas. Essa cúpula foi cancelada após o bombardeio de um hospital em Gaza, na noite de terça-feira, pelo qual Israel e as milícias palestinas se culparam mutuamente.

Biden visitou apenas Israel e anunciou que um número limitado de caminhões cruzará o posto fronteiriço de Rafah, do Egito a Gaza, para entregar ajuda humanitária. Egito e Jordânia foram os primeiros países árabes a normalizar as relações com Israel, em 1979 e 1994, respectivamente, e têm sido mediadores habituais entre Israel e os palestinos desde então.

Nos últimos dias, tanto o Egito, que compartilha fronteira com a Faixa de Gaza, quanto a Jordânia, limítrofe com a Cisjordânia, ocupada por Israel, posicionaram-se contra o "deslocamento forçado" de palestinos paras seus respectivos territórios.

Na quarta-feira, Al-Sissi disse que encorajar os palestinos a deixarem suas terras é "uma forma de acabar com a causa palestina em detrimento dos países vizinhos".


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895