Presidente do Paraguai diz que suspensão do Mercosul e Unasul foi "injusta"

Presidente do Paraguai diz que suspensão do Mercosul e Unasul foi "injusta"

Afastamento foi resposta ao processo de impeachment de Fernando Lugo

AFP

publicidade

O presidente paraguaio, Federico Franco, considerou “injusta” a reação dos países vizinhos ao suspender a participação do país do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Ele afirmou que nenhuma força estrangeira poderá afastar o país do rumo decidido pelo Congresso com a destituição de Fernando Lugo. "O Paraguai lamenta as vexatórias sanções do Mercosul e da Unasul, ditadas em aberta violação dos tratados vigentes e sem nos conceder o direito de defesa. Nenhuma força estrangeira nos afastará deste rumo", enfatizou Franco, em uma mensagem lida na abertura do ano legislativo do Congresso.

Sobre o impeachment de Lugo, os sócios sul-americanos consideraram que o ex-bispo foi submetido a um julgamento sem garantias do processo devido. Franco anunciou que apelará a ações sob o amparo do direito internacional. "Uma longa relação de dignidade da República do Paraguai nos inspira e nos guia", disse.

Na sexta-feira, os presidentes do Brasil, Uruguai e da Argentina decidiram suspender o Paraguai de participar das atividades do Mercosul até as novas eleições gerais no país, marcadas para abril de 2013. A Unasul, formada pelos integrantes do Mercosul e mais oito nações sul-americanas, também afastou os paraguaios temporariamente do bloco. Os grupos não adotaram sanções econômicas ao país.

O presidente destituído criticou a classe política do Paraguai e afirmou que avalia uma candidatura ao Senado nas eleições de abril de 2013, em uma entrevista ao jornal argentino Clarín. Lugo considerou que seu grande erro foi "confiar demais nos políticos tradicionais paraguaios".

Bookmark and Share

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895