Presidente interino de Burkina Faso libertado pelos golpistas
Primeiro-ministro segue retido por militares
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Os dirigentes da transição em Burkina Faso estavam retidos desde quarta-feira à tarde, quando militares invadiram o conselho de ministros. Apenas o primeiro-ministro Isaac Zida não foi libertado e permanece em "detenção domiciliar", informou à imprensa o novo homem forte do país, o general Gilbert Diendéré, que assumiu oficialmente na quinta-feira a liderança dos golpistas.
O tenente-coronel Zida é o ex-número dois do Regimento de Segurança Presidencial (RSP), a unidade de elite que executou o golpe de Estado. Ele chegou ao poder no ano passado, após a queda do presidente Blaise Compaoré. A princípio considerado o homem do exército na transição, suas relações com o RSP rapidamente se deterioraram, a ponto de ter sua demissão exigida em vários momentos por oficiais superiores durante o ano, o que provocou distúrbios.
O general Dienderé comandava o RSP durante o regime de Blaise Compaoré, de quem era braço direito. A comunidade internacional, que condenou o golpe, exigiu a libertação dos dirigentes do processo de transição.