Presidente mexicano descarta processar manifestantes após incursão no Palácio Nacional

Presidente mexicano descarta processar manifestantes após incursão no Palácio Nacional

Grupo exigia que presidente recebesse pais de 43 alunos desaparecidos em 2014

AFP

Pessoas encapuzadas derrubaram porta do Palácio Nacional enquanto presidente participava de coletiva de imprensa

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O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, afirmou nesta quinta-feira (7) que não será realizado nenhum processo judicial contra os manifestantes que na véspera derrubaram uma das portas do Palácio Nacional com uma caminhonete para exigir justiça pelo desaparecimento de 43 estudantes em 2014 . Um grupo de pessoas encapuzadas utilizou o veículo oficial para derrubar uma das entradas do palácio presidencial, onde López Obrador realizava a sua habitual coletiva de imprensa diária, segundo imagens televisivas. Eles foram então repelidos.

Com esta ação, exigiam que o presidente de esquerda recebesse os pais dos 43 alunos da escola de Ayotzinapa que desapareceram na madrugada de 26 para 27 de setembro de 2014, caso que desencadeou uma onda de indignação global. Durante sua coletiva de imprensa nesta quinta-feira, López Obrador informou que não houve prisões e nenhuma investigação seria realizada.

"Pedi respeitosamente ao Ministério Público que não realizasse nenhuma investigação", disse ele. No entanto, afirmou que se forem identificados possíveis autores por meio das imagens que circulam, iria informar ao órgão.

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López Obrador reiterou que está disposto a receber os familiares dos estudantes desaparecidos dentro de aproximadamente vinte dias, mas sem a presença de advogados e ativistas que os assessoram.

"Quero falar com eles, quero que me ouçam e que eu lhes informe como está a investigação e que não podem ficar reféns destes advogados que não agem com retidão", disse.Para reparar os danos da incursão ao Palácio Nacional, o presidente pediu a colaboração dos funcionários. "Os servidores públicos vão cooperar para consertar a porta", explicou o presidente.


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