Presidente sul-coreana aceita investigação sobre escândalo
Park Geun-Hye teria sofrido influência de amiga em decisões de governo
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"Tem havido boatos de que entrei para uma seita e que celebraram rituais na Casa Azul, mas quero deixar claro que nada disto é verdade", disse Park. "Se for preciso, quero responder sinceramente às investigações da promotoria", acrescentou Park em um emotivo discurso. A presidente comentou ainda que tem sido difícil dormir à noite.
Esta é a segunda vez, em dez dias, que a presidente fala ao país sobre o escândalo que explodiu no mês passado, envolvendo a amiga Choi Soon-Sil, que é investigada por tráfico de influência e corrupção devido a suspeitas de que aproveitou contatos na presidência para extorquir os principais conglomerados econômicos do país.
Esquema de extorsão da amiga da presidente
A partir da extorsão, as empresas, como a Samsung, teriam destinado somas de dinheiro a fundações criadas por Choi. A amiga da presidente também é acusada de interferir em questões de estado, incluindo a nomeação de altos funcionários.
Na quinta-feira, um tribunal de Seul emitiu um mandado de prisão contra Choi, amiga de Park há anos, por fraude e abuso de poder. O escândalo abalou a confiança no governo de Park, que ainda tem mais de um ano de mandato, e levou milhares de manifestantes às ruas.
Para tentar aplacar a crise, a presidente mudou vários membros do gabinete. Os partidos de oposição seguem criticando Park, mas já não pedem a demissão, o que exigiria eleições antecipadas de resultado incerto.