Presidente taiwanesa destaca aliança com EUA em visita de delegação

Presidente taiwanesa destaca aliança com EUA em visita de delegação

Para Tsai Ing-wen, visita de comitiva norte-americana demonstra o apoio do país à democracia de Taiwan

AFP

Tsai Ing-wen apoiou o candidato eleito, Lai Ching-te, nas eleições do país

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A presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, afirmou nesta segunda-feira (15) que a visita de uma delegação não oficial dos Estados Unidos à ilha, após as eleições, demonstra a estreita relação que mantém com Washington, seu principal aliado e fornecedor de armas. “Sua visita é muito significativa. Demonstra plenamente o apoio americano à democracia de Taiwan e à estreita e firme aliança entre as duas partes”, declarou Tsai à delegação enviada pelo governo de Joe Biden. A delegação não oficial, que inclui o ex-conselheiro de Segurança Nacional Stephen Hadley e o ex-secretário de Estado adjunto James Steinberg, deve se reunir com outras figuras políticas antes de partir na terça-feira (16).

Ao anunciar a visita, o Instituto Americano em Taiwan - considerado a embaixada 'de fato' dos EUA na ilha - disse que a missão da delegação era 'transmitir as felicitações do povo americano a Taiwan pelo sucesso das eleições'. A presidente do instituto, Laura Rosenberger, também faz parte da delegação. A visita se dá dois dias após a eleição de Lai Ching-te como sucessor de Tsai à frente do governo de Taiwan. A eleição de Lai foi marcada por forte pressão diplomática e militar da China, que considera Taiwan parte do seu território e prometeu retomá-lo um dia. Pequim insistiu que a eleição de Lai não muda o fato de a ilha fazer parte da China. As autoridades chinesas rejeitam firmemente qualquer desenvolvimento que sugira o reconhecimento oficial de Taiwan, e a visita da delegação dos EUA pode causar irritação em Pequim.

O Ministério das Relações Exteriores da China criticou duramente o secretário de Estado americano, Antony Blinken, por parabenizar Lai por sua eleição. Não é a primeira vez que os Estados Unidos enviam uma delegação informal a Taiwan após uma eleição. Em 2016, o ex-subsecretário de Estado Bill Burns fez uma visita de dois dias à ilha, na esteira da eleição da presidente Tsai.- Firme oposição -A China disse nesta segunda-feira se opor 'firmemente' a qualquer intercâmbio oficial entre os Estados Unidos e Taiwan, pouco depois de o presidente recém-eleito ter recebido uma delegação americana.'A China sempre se opôs firmemente a qualquer forma de intercâmbio oficial entre os Estados Unidos e Taiwan e rejeitou firmemente qualquer ingerência dos Estados Unidos nos assuntos de Taiwan, de qualquer forma e sob qualquer pretexto que seja', disse a porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Mao Ning, em uma coletiva de imprensa.

A China considera Taiwan parte de seu território e nunca deixou de proclamar sua intenção de 'reunificar' o país, mesmo que pela força. Pequim não mantém relações diplomáticas com países que reconhecem Taiwan, oficialmente, como um Estado independente. Os Estados Unidos apresentaram a delegação enviada a Taipei como um grupo não oficial, que fazia parte do protocolo normal. “Pedimos aos Estados Unidos que reconheçam a extrema complexidade e sensibilidade da questão de Taiwan, que respeitem sinceramente o princípio de Uma Só China (...) e que reafirmem declarações anteriores dos líderes americanos de que não apoiam a independência de Taiwan”, reiterou a porta-voz chinesa.

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