Presidentes de Argentina, Bolívia, Colômbia e México apoiam Cristina Kirchner

Presidentes de Argentina, Bolívia, Colômbia e México apoiam Cristina Kirchner

Ministério Público pediu 12 anos de prisão e inabilitação política para a vice-presidente, acusada de corrupção

AFP

Destino de Kirchner, que cumpre mandato parlamentar, será decidido pelo Senado

publicidade

Os presidentes da Argentina, Alberto Fernández da Bolívia, Luis Arce, da Colômbia, Gustavo Petro, e do México, Andrés Manuel López Obrador, apoiaram, nesta quarta-feira, a vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, acusada de corrupção e contra quem o Ministério Público pediu 12 anos de prisão e inabilitação política.

"Expressamos nosso mais absoluto repúdio à injustificável perseguição judicial que a atual vice-presidente Cristina Kirchner vem sofrendo", disseram os presidentes, que acusaram uma tentativa de retirá-la da "vida pública, política e eleitoral", segundo um comunicado lido pela porta-voz da presidência argentina, Gabriela Cerruti.

Kirchner, um peronista de centro-esquerda de 69 anos, é acusada junto com outras doze pessoas pelos crimes de associação ilícita e administração fraudulenta agravadas em um caso sobre suposta corrupção na licitação de obras públicas quando era presidente, entre 2007 e 2015.

O processo começou em 2019 e espera-se que os juízes emitam um veredicto antes do final do ano. A vice-presidente, que também preside o Senado, goza de imunidades parlamentares que a protegem tanto da prisão quanto da inabilitação política. Uma sentença contra Kirchner só poderá se tornar efetiva caso for ratificada pelo Suprema Corte ou se ela perder a imunidade parlamentar.

Em meio à crescente polarização política, o pedido de prisão e inabilitação apresentado na segunda-feira pelo Ministério Público multiplicou as críticas ao tribunal por partidários de Kirchner e os pedidos de manifestação em defesa da vice-presidente. Kirchner foi absolvida em vários casos por supostos crimes ocorridos quando ela era presidente, mas ainda enfrenta cinco processos.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895