Presos 35 suspeitos de ataque a brasileiros no Suriname
Alguns detidos já teriam sido identificados pelas vítimas de estupro
publicidade
De acordo com a emissora, os detidos são acusados de incêndio criminoso, roubo e estupro de mulheres brasileiras. Conforme a BBC Brasil, o chefe do setor de Justiça da polícia surinamesa, Krishna Mathoera, disse que alguns dos presos já teriam inclusive sido reconhecidos pelas vítimas dos estupros. "Este é um crime que precisa ser punido e já iniciamos uma investigação", afirmou.
A Radio Nederlands ainda revelou que a polícia e as Forças Armadas surinamesas retiraram 130 pessoas que se esconderam na selva durante os confrontos na região de Albina. Entre elas, estão cerca de 80 brasileiros e 20 chineses, levados para Paramaribo.
Mathoera reconheceu que Albina é uma área de fronteira, com grande mobilidade de pessoas e de mercadorias. “Mas a polícia nunca tinha imaginado que o conflito (entre moradores locais e imigrantes) iria escalar tanto", disse. "Vamos ter que fazer uma nova estruturação da polícia para garantir a segurança em Albina”, completou.
No domingo, a ministra interina de Assuntos Estrangeiros do Suriname, Jane Aarland, afirmou que seu governo fará todos os esforços para garantir a segurança dos brasileiros que estão no país.
A comunidade brasileira na cidade de Albina, no norte do Suriname, foi atacada na véspera de Natal em represália à morte de um morador local. O ataque teria sido uma vingança pela morte de um morador supostamente assassinado por um brasileiro, que estaria foragido. A cidade de Albina, na fronteira com a Guiana Francesa, abriga minas de ouro, que emprega brasileiros ilegais.