Procuradoria pede até 25 anos de prisão para líderes separatistas catalães

Procuradoria pede até 25 anos de prisão para líderes separatistas catalães

Grupo liderou em 2017 movimentos para separar a Catalunha da Espanha

AFP

Manifestação em novembro de 2017 pediu a libertação dos líderes separatistas

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A Procuradoria espanhola pediu que os líderes independentes catalães, acusados de rebelião, sejam condenados de sete a 25 anos de prisão. Os movimentos de separação da Catalunha aconteceram em outubro de 2017 e mobilizaram a população.

O ex-vice-presidente catalão Oriol Junqueras, detido há exatamente um ano, é alvo do pedido da maior pena (25 anos) por ser o principal dirigente político presente no julgamento contra 18 líderes separatistas que deve começar nos primeiros meses de 2019. Carles Puigdemont, que era o presidente do governo regional da Catalunha no momento da tentativa de separação, não estará no julgamento, pois se encontra exilado na Bélgica e no momento está fora do processo.

Em seguida aparecem a ex-presidente do Parlamento catalão Carme Forcadell e os líderes de duas associações independentistas, Jordi Sánchez e Jordi Cuixart, com penas solicitadas de 17 anos de prisão apenas por rebelião. Os outros oito integrantes do governo catalão julgados são alvos de pedidos de penas de sete anos de prisão para os acusados apenas por malversação e 16 para os acusados também por rebelião e que, como Junqueras, Forcadell, Sánchez e Cuixart, estão em prisão preventiva.

Em um processo diferente, a Procuradoria solicita 11 anos de prisão para o ex-chefe da polícia regional catalã, Josep Lluis Trapero, também acusado de rebelião. A Procuradoria acusa o governo regional anterior, o Parlamento e as associações separatistas de desenvolver um "plano orquestrado" para "contornar a aplicação da lei e declarar a independência desta parte do território nacional e obrigar o Estado a aceitar a separação do referido território".

O documento afirma que "o plano secessionista contemplava a utilização de todos os meios que fossem necessários para alcançar seu objetivo, incluía (...) a violência necessária para assegurar o resultado criminal pretendido". A Procuradoria cita capacidade de mobilização do independentismo e o controle dos 17 mil agentes do corpo regional de polícia. Desta maneira, a Procuradoria justifica a polêmica acusação de rebelião, que implica a existência de uma revolta "violenta" para obter a independência, algo negado pelos separatistas e por juristas renomados.


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