Protestos contra reforma judicial ganham novo fôlego em Israel

Protestos contra reforma judicial ganham novo fôlego em Israel

Neste sábado, os manifestantes foram mais numerosos do que nas últimas semanas

AFP

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Dezenas de milhares de israelenses se manifestaram neste sábado em Tel Aviv e outras cidades, pela 27ª semana consecutiva, contra a reforma judicial promovida pelo governo do primeiro-ministro conservador Benjamin Netanyahu.

Os manifestantes foram mais numerosos do que nas últimas semanas, segundo os organizadores, que contabilizaram 180 mil pessoas em Tel Aviv. A imprensa de Israel também divulgou números mais altos (cerca de 150.000 manifestantes), antes da introdução no parlamento de uma disposição importante da reforma, na próxima segunda-feira.

"Se não interrompermos agora o que acontece, não será mais possível voltar atrás", disse o trabalhador do setor de tecnologia Amit Lev, 40.

Formado em dezembro passado, com o apoio de partidos de extrema direita e formações judaicas ultraortodoxas, o governo de Netanyahu tenta aprovar uma reforma judicial que busca aumentar o poder do Parlamento sobre o da Suprema Corte.

Após anunciar uma pausa na tramitação da reforma, no fim de março, o governo relança sua ofensiva na próxima segunda-feira, quando o Parlamento irá examinar em primeira leitura um projeto de lei que busca anular a possibilidade de o Judiciário se pronunciar sobre a "razoabilidade" das decisões do governo.

Esta disposição afetaria, entre outras coisas, a nomeação dos ministros. Em janeiro, Netanyahu foi obrigado a afastar o número dois do governo, Aryeh Deri, condenado por fraude fiscal, após a intervenção da Suprema Corte.


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