Puigdemont sofre duas derrotas no projeto de ser presidente da Catalunha

Puigdemont sofre duas derrotas no projeto de ser presidente da Catalunha

Líder separatista teve candidatura suspensa e o veredicto desfavorável a uma lei para empossá-lo à distância

AFP

Duplo revés para separatista Puigdemont para presidir Catalunha

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As aspirações do separatista Carles Puigdemont para ser escolhido presidente da Catalunha sofreram nesta quinta-feira um duplo revés jurídico, com a suspensão cautelar de sua candidatura e o veredicto desfavorável a uma lei para poder empossá-lo à distância.

O Tribunal Constitucional espanhol anunciou nesta quinta a admissão do trâmite de um antigo recurso do governo central para impedir a posse à distância de Puigdemont - que está na Alemanha à espera de um processo de extradição - e suspender cautelarmente uma possível eleição do líder independentista como presidente.

Além disso, um órgão consultivo do Parlamento catalão, encarregado de analisar a adequação das novas leis ao marco legal vigente, considerou ilegal modificar o regulamento da Câmara para permitir uma posse sem a presença do candidato, como querem aprovar os partidos independentistas na próxima semana. Os dois veredictos dificultam ainda mais um retorno de Puigdemont à presidência regional.

Em janeiro, Puigdemont foi indicado como candidato à presidência depois que as forças independentistas ganharam a maioria absoluta nas eleições regionais de dezembro e sua formação foi a mais votada dentro do bloco. Entretanto, o Tribunal Constitucional impediu sua eleição se antes não se entregasse à Justiça espanhola, que o acusa de rebelião e sedição, e ele terminou renunciando para facilitar a formação de um governo.

Mas os outros dois candidatos designados pelos separatistas tampouco puderam ser escolhidos, já que ambos estão presos, a região continua sem governo e está controlada por Madri. Nas últimas semanas, especialmente depois da prisão de Puigdemont na Alemanha, seu nome voltou a ganhar força enquanto se esgota o prazo para evitar novas eleições, que deverão ser convocadas em 22 de maio se não escolherem um novo presidente.

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