Putin espera que Rússia alcance imunidade coletiva contra a Covid-19 no segundo semestre
Discurso otimista acontece um dia depois das preocupações expressadas pelo prefeito de Moscou, Serguei Sobianin
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin afirmou nesta quarta-feira esperar que o país alcance a imunidade coletiva contra a Covid-19 no outono do hemisfério norte (primavera no Brasil), ao mesmo tempo que celebrou o "avanço científico" da nação com a criação de três vacinas. "A vacina tem hoje uma importância capital (...) para permitir que se desenvolva a imunidade coletiva no outono", declarou durante seu grande discurso anual sobre o estado da nação. Ele também afirmou que deseja "manter as fronteiras sob controle para frear a propagação" do vírus.
O discurso otimista acontece um dia depois das preocupações expressadas pelo prefeito de Moscou, Serguei Sobianin, que informou um agravamento da situação epidemiológica na capital russa. Moscou registra quase dois mil novos casos diários nos últimos dias e a Rússia entre oito mil e nove mil casos diários desde o início de abril.
De acordo com o instituto Gamaleya, que desenvolveu a vacina Sputnik V, 3,8 milhões de pessoas, em um país de 146 milhões de habitantes, receberam as duas doses. Os números sobre a mortalidade divergem de acordo com as fontes: o governo reconhece 106.706 óbitos provocados pela Covid-19, mas a agência estatísticas Rosstat registrou pelo menos 224.000 até o fim de fevereiro, o que deixaria a Rússia entre os países mais afetados pela pandemia.
