Quase 25% das crianças refugiadas rohingyas sofrem desnutrição severa
Segundo Unicef, metade possui anemia, até 40% sofrem diarreias e 60% possuem infecções respiratórias agudas
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"Quase metade das crianças examinadas têm anemia, até 40% sofrem diarreias e 60% de infecções respiratórias agudas", afirmou. "As crianças refugiadas, que já suportaram sofrimentos inimagináveis quando fugiram de suas casas, estão agora diante de uma crise de saúde pública", afirmou um representante do Unicef em Bangladesh, citado por Boulierac. Em um primeiro estudo publicado em 3 de novembro, o Unicef mencionou uma taxa de desnutrição aguda grave de 7,5% no campo de Kutupalong em Cox's Bazar, em Bangladesh.
A nova investigação publicada nessa sexta-feira e que foi realizada em Kutupalong e no campo de Nayapara, assim como em acampamentos improvisados, revela uma deterioração da situação das crianças. "Menos de 16% das crianças contam com um regime alimentar mínimo, essencial para seu crescimento e desenvolvimento", denuncia o Unicef. Um total de 655.000 integrantes da minoria muçulmana dos rohingyas, perseguidos pela violência em Mianmar, fugiram e encontraram refúgio em Bangladesh desde agosto.
O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, o jordaniano Zeid Ra'ad Al Husein, afirmou na segunda-feira à AFP que não se pode descartar a possibilidade de "atos de genocídio" contra os rohingyas.