Rússia é único lugar onde um informante americano pode falar, diz Snowden

Rússia é único lugar onde um informante americano pode falar, diz Snowden

Snowden está asilado no país após denunciar vigilância eletrônica promovida pelos EUA

AFP

Durante "russophilia", homem utiliza camiseta com rosto de Vladimir Putin

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Asilado na Rússia após denunciar a vigilância eletrônica em massa promovida pelos Estados Unidos, o informante americano Edward Snowden disse que, para uma pessoa nas suas condições, apenas no país em que está é possível falar. Em entrevista à rádio francesa France Inter, cujos trechos foram divulgados neste sábado, Snowden comentou que "o mais triste em todo caso (de vazamento das informações) é que o único lugar, onde um informante americano pode falar, não é na Europa, mas aqui (na Rússia)".

"Pedi asilo na França em 2013, durante (o mandato do ex-presidente socialista) François Hollande. Evidentemente, gostaria muito que (o atual presidente francês, Emmanuel) Macron me concedesse o direito de asilo", acrescentou Snowden. Ele pediu proteção a cerca de 20 países - entre eles França e Alemanha -, que o rejeitaram por diferentes razões. "Não é apenas uma questão da França, é o mundo ocidental. É o sistema em que vivemos. Proteger os informantes não tem nada de hostil. Acolher alguém como eu não é atacar os Estados Unidos", completou.

Em 17 de setembro, Edward Snowden lançará suas memórias em vários países, entre eles Estados Unidos, Brasil, França, Alemanha e Reino Unido. Então funcionário da Agência de Segurança Nacional (NSA), Snowden revelou, em 2013, a existência de um sistema de vigilância mundial de comunicações e da Internet. Conseguiu se asilar na Rússia em 2013, país onde seu visto de residência foi renovado até 2020. É causado de espionagem e roubo de segredos de Estado pelos EUA. A íntegra da entrevista à rádio France Inter será publicada na segunda-feira.


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