Rússia é excluída de comemoração da libertação do campo nazista de Auschwitz

Rússia é excluída de comemoração da libertação do campo nazista de Auschwitz

País que sempre participou da cerimônia não foi convidado por conta da guerra contra a Ucrânia

AFP

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Nenhum representante russo foi convidado para as comemorações do 78º aniversário da libertação pelo Exército soviético do campo de extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau, devido à invasão russa na Ucrânia, informou o site do museu do antigo campo nesta quarta-feira (25). "Considerando a agressão contra uma Ucrânia livre e independente, os representantes da Federação da Rússia não foram convidados a participar das comemorações deste ano", disse à AFP Piotr Sawicki, porta-voz do museu no sul da Polônia.

A Rússia sempre participou da cerimônia que acontece todos os anos no dia 27 de janeiro e um representante do país costumava tomar a palavra na celebração. O historiador e diretor do museu, Piotr Cywinski, disse que era óbvio que ele não poderia "assinar nenhuma carta de convite ao embaixador russo" no contexto do conflito. "Espero que isso mude no futuro, mas temos um longo caminho a percorrer [...] A Rússia vai precisar de um tempo extremamente longo e de uma introspecção profunda após o conflito para voltar aos espaços do mundo civilizado", disse Cywinski à agência local de notícias PAP. No dia em que a Rússia lançou a invasão da Ucrânia, 24 de fevereiro de 2022, o museu chamou o ataque russo de "ato de barbárie".

O campo de Auschwitz-Birkenau, construído na Polônia ocupada, tornou-se um símbolo do genocídio cometido pela Alemanha nazista contra 6 milhões de judeus europeus, dos quais 1 milhão morreu neste local entre 1940 e 1945. O campo - onde também morreram 80.000 poloneses não judeus, 25.000 ciganos e 20.000 soldados soviéticos - foi libertado pelo Exército vermelho em 27 de janeiro de 1945.


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