Rússia acusa Ucrânia pela morte de filha de ideólogo próximo ao Kremlin

Rússia acusa Ucrânia pela morte de filha de ideólogo próximo ao Kremlin

Veículo em que Daria Dugina estava foi explodido

AFP

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O Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia acusou nesta segunda-feira (22) os "serviços especiais" ucranianos pela morte da filha de um ideólogo conhecido por sua proximidade com o Kremlin, que faleceu na explosão de seu veículo perto de Moscou, informaram as agências de notícias. O assassinato de Daria Dugina, filha de Alexander Dugin, "foi preparado e cometido pelos serviços especiais ucranianos", afirmou o FSB em um comunicado citado pelas agências russas.

De acordo com o FSB, a pessoa que colocou o explosivo no veículo de Daria Dugina fugiu para a Estônia. No momento da explosão, Daria Dugina, jornalista e cientista política, estava perto da localidade de Bolshie Viaziomy, a 40 quilômetros de Moscou, ao volante de um Toyota Land Cruiser, informou no domingo um comunicado do Comitê de Investigação da Rússia.

A jovem, nascida em 1992, "morreu no local da explosão", de acordo com as autoridades russas. A detonação foi provocada por um explosivo colocado sob o veículo, afirmaram os investigadores. O Comitê de Investigação, responsável pelos inquéritos criminais na Rússia, abriu uma investigação por "homicídio".

O alvo do atentado era Alexander Dugin, afirmaram pessoas próximas à família, citadas pelas agências notícias russas, pois Daria Dugina dirigia o carro de seu pai. Alexander Dugin, intelectual e escritor ultranacionalista, teórico do neoeurasianismo, uma aliança entre Europa e Ásia liderada pela Rússia, é objeto desde 2014, após a anexação da Crimeia, de sanções da União Europeia. Nos últimos anos, a Ucrânia proibiu vários de seus livros, em particular "Ucrânia. Minha guerra. Diário geopolítico" e "Vingança eurasiática da Rússia".


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