Rússia acusa UE de fomentar confronto com sua missão na Armênia

Rússia acusa UE de fomentar confronto com sua missão na Armênia

Moscou diz que bloco "introduzirá o confronto geopolítico na região e agravará as contradições existentes"

AFP

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A Rússia acusou a União Europeia (UE), nesta quinta-feira (26), de incitar um "confronto geopolítico", ao enviar uma missão civil para monitorar a volátil fronteira entre Armênia e Azerbaijão, ambas ex-repúblicas soviéticas no Cáucaso.

Para o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, a UE se tornou "cúmplice dos Estados Unidos e da Otan e realiza uma política de confronto no espaço" pós-soviético. O fato de enviar uma missão europeia à Armênia "introduzirá o confronto geopolítico na região e agravará as contradições existentes", acrescentou a diplomacia russa.

Moscou é, desde os anos 1990, o mediador tradicional do conflito e implantou, após a guerra de 2020, uma missão de paz em Nagorno-Karabakh, território disputado por Baku e Yerevan. Mas a influência russa na região está diminuindo, devido à rivalidade geopolítica ocidental e turca, e também após a invasão da Ucrânia, o que gera temores entre seus vizinhos.

Para Moscou, com esta missão, a UE busca "minar os esforços de mediação da Rússia". Há meses que Bruxelas realiza sua própria mediação entre a Armênia e o Azerbaijão, embora a missão que o bloco pretende enviar não tenha recebido o aval das autoridades de Baku.

A Armênia denuncia há semanas, por sua vez, a inação da Rússia, cuja missão de paz não age para impedir o bloqueio de Nagorno-Karabakh, segundo Yerevan.


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