Rússia diz que responderá a ameaças em sua fronteira oeste
Ministro da Defesa disse que as "ameaças para a segurança militar" de Moscou "se multiplicaram nas direções oeste e noroeste"
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As ameaças dos países ocidentais nas fronteiras com a Rússia "exigem uma resposta rápida e adequada", afirmou nesta quarta-feira (9) o ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu, em resposta ao apoio à Ucrânia e à adesão da Suécia e Finlândia à Otan.
Em uma reunião com militares de alto escalão do Exército, Shoigu disse que as "ameaças para a segurança militar" de Moscou "se multiplicaram nas direções oeste e noroeste" nos últimos anos.
"Estas ameaças (...) exigem uma resposta rápida e adequada. Discutiremos na reunião as medidas necessárias para neutralizá-las e tomaremos as decisões apropriadas", acrescentou.
Entre as ameaças citadas pelo ministro, a primeira é a "guerra indireta" do Ocidente contra a Rússia, "fornecendo um apoio sem precedentes ao regime fantoche de Kiev".
"A vontade do Ocidente de investir uma parte importante de seus recursos na Ucrânia para mudar a situação no campo de batalha cria sérios riscos de uma escalada do conflito", continuou Shoigu, em referência à ofensiva russa lançada em fevereiro de 2022.
O ministro russo ainda mencionou a adesão da Finlândia e a futura entrada da Suécia na Otan, considerando que constituem um "grave fator de desestabilização" porque dobram a extensão da fronteira terrestre entre a Aliança Atlântica e seu território.
Além disso, citou como problemática a "militarização da Polônia, convertida no principal instrumento da política anti-russa dos Estados Unidos", afirmou.
Nos últimos meses, Varsóvia assinou importantes acordos de armas com Seul e Washington. Moscou acusa o governo polonês de querer reconquistar territórios no oeste da Ucrânia.