Rússia está estimulando corrida nuclear, diz Zelensky no fórum de Doha

Rússia está estimulando corrida nuclear, diz Zelensky no fórum de Doha

Presidente ucraniano também pediu ao Catar que aumente sua produção de gás natural para combater os esforços russos de usar a energia como uma ameaça

AFP

Presidente ucraniano também pediu ao Catar que aumente sua produção de gás natural para combater os esforços russos de usar a energia como uma ameaça

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste sábado (26), em um discurso no Fórum de Doha, que o alarde feito pela Rússia de suas armas nucleares está estimulando uma perigosa corrida armamentista.

Em uma intervenção feita por videoconferência em uma reunião de líderes políticos e empresariais organizada em Doha, Zelensky também pediu ao Catar que aumente sua produção de gás natural para combater os esforços russos de usar a energia como uma ameaça.

"Eles estão alardeando que podem destruir não apenas um país em particular, mas o mundo inteiro, com suas armas nucleares", insistiu Zelensky.

O presidente disse ainda que, quando a Ucrânia desmantelou seu arsenal na década de 1990, recebeu garantias de segurança dos países mais poderosos do mundo, incluindo a Rússia, segundo a tradução de seu discurso.

"Mas isso não se converteu em garantias e, de fato, um dos países que se acreditava que cumpriria uma das maiores promessas de segurança começou a agir contra a Ucrânia, e isso constitui o cúmulo da manifestação da injustiça", reclamou Zelensky.

Neste contexto, o presidente ucraniano pediu ao Catar, que é um dos três maiores produtores de gás natural, que aumente o fluxo, devido ao conflito. "O futuro da Europa depende de seus esforços", declarou a uma plateia que incluía o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani.

Os países europeus prometeram que deixarão de depender do petróleo e gás russos e já recorreram ao Catar para buscar fornecedores alternativos. A Alemanha prometeu construir dois enormes terminais para receber gás liquefeito do Catar, informou este país do Golfo, após uma visita de enviados de Berlim.

 


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