Rússia insiste em processar marinheiros ucranianos capturados na Crimeia
Ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, afirmou que eles violaram o direito internacional
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Em 25 do mês passado, a Rússia apreendeu três navios militares ucranianos com 24 marinheiros a bordo, no primeiro confronto militar aberto entre Kiev e Moscou desde a anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014. O incidente ocorreu no Mar Negro quando as embarcações tentaram entrar no Mar de Azov através do Estreito de Kerch, perto da península da Crimeia. Os marinheiros ucranianos, dos quais pelo menos três ficaram feridos no confronto, foram enviados para a Crimeia e posteriormente levados para Moscou.
Eles foram acusados de cruzar ilegalmente a fronteira e correm o risco de uma sentença de seis anos de prisão. "Quando a investigação terminar, um julgamento será realizado", explicou Lavrov. "E quando a sentença for proferida (...), poderemos discutir como fazer para que seu destino seja menos doloroso ou chegar a um acordo sobre medidas concretas a tomar", disse ele.
Os ministros das Relações Exteriores do Canadá, Reino Unido, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, bem como o alto representante da União Europeia, pediram no final de novembro a "libertação da tripulação e dos navios detidos". Em uma declaração conjunta, expressaram sua "profunda preocupação" e advertiram que o incidente "aumentava perigosamente as tensões" na região.