Rússia nega avanços significativos nas negociações com Ucrânia

Rússia nega avanços significativos nas negociações com Ucrânia

Delegações chegarão nesta segunda-feira à Turquia

AFP

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Rússia e Ucrânia não alcançaram "avanços significativos" nas negociações para acabar com o conflito, no momento em que as delegações se preparam para uma nova rodada de conversações, afirmou nesta segunda-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. Porém, ele destacou que é "importante" que os dois lados tenham decidido prosseguir com os diálogos presenciais.

Peskov declarou que as delegações chegarão nesta segunda-feira à Turquia e que é "pouco provável" que as conversações sejam retomadas no mesmo dia. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, aceitou receber as negociações em Istambul durante uma conversa telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin.

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Na rodada anterior de negociações entre Rússia e Ucrânia organizada na Turquia, em Antalya, no dia 10 de março, nenhum avanço importante foi registrado. Os dois lados conversam regularmente por videoconferência desde que a Rússia iniciou a ofensiva na Ucrânia no fim de fevereiro.

"Encontro entre Putin e Zelensky seria contraproducente"

Hoje, o chefe da diplomacia da Rússia,Serguei Lavrov, afirmou que um encontro entre o presidente Vladimir Putin e seu colega ucraniano Volodymyr Zelensky seria "contraproducente" e estaria condicionado à adoção das exigências de Moscou nas negociações. Putin "disse que nunca rejeitaria um encontro com o presidente Zelensky, mas é necessário que este encontro seja bem preparado (...) O conflito na Ucrânia se agravou durante todos estes anos, muitos problemas foram acumulados", declarou o ministro das Relações Exteriores da Rússia.

"Então, encontrar-se para dizer 'o que você pensa?', 'Eu penso (...)'. Seria justamente algo contraproducente", acrescentou em uma entrevista coletiva antes de uma nova rodada de diálogo em Istambul nesta segunda-feira entre as delegações russa e ucraniana.

O diplomata russo reafirmou as exigências apresentadas pelo Kremlin desde o início da ofensiva contra Kiev em 24 de fevereiro: a proteção da população da região de Donbass, leste da Ucrânia, e a "desmilitarização" e "desnazificação" do país vizinho. "Somos obrigados a garantir que a Ucrânia deixe de ser objeto de experimentos do Ocidente e da Otan no plano militar e que não represente uma ameaça militar e física para a Rússia", afirmou.


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