Rússia nega informações sobre identificação de suspeito no caso Skripal

Rússia nega informações sobre identificação de suspeito no caso Skripal

Londres acusou dois agentes do serviço de inteligência russa pelo envenenamento de Serguei e Yulia

AFP

Suspeitos foram entrevistados pelo canal russo RT e afirmaram que visitaram Salisbury, onde Skripal morava, como turistas

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Rússia negou nesta quinta-feira as informações publicadas pelo site Bellingcat que apresentavam um dos homens acusados pelo Reino Unido de ter envenenado o ex-espião Serguei Skripal como um coronel militar russo. "Não há nenhuma prova, assim continuam com a campanha no plano das informações com o único objetivo de desviar a atenção sobre a principal questão: o que aconteceu em Salisbury?", questionou no Facebook a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova. "A pergunta continua: existe alguma prova sobre o envolvimento de quem quer que seja no envenenamento em Salisbury, como classifica Londres?", completou.

As autoridades britânicas afirmam que o ataque com a substância neurotóxica Novichok contra Serguei Skripal e sua filha Yulia em março nesta localidade do sudoeste do Reino Unido foi cometido por dois agentes do GRU, o serviço de espionagem militar russo. De acordo com o site Bellingcat, com sede no Reino Unido, um dos suspeitos, identificado por Londres como "Ruslan Boshirov", é na realidade o coronel Anatoli Chepiga, um oficial do GRU altamente condecorado.

O portal publica uma foto do passaporte de Anatoli Chepiga de 2003, muito similar ao "Ruslan Boshirov" da imagem divulgada por Londres. De acordo com o Bellingcat, Chepiga nasceu em 1979 em Nikolayevka, cidade do Leste da Rússia. Depois de obter formação em uma prestigiosa academia militar da região se alistou nas forças especiais do GRU.

O presidente russo, Vladimir Putin, declarou em 12 de setembro que os dois homens acusados por Londres eram "civis" que não fizeram nada criminoso. Os dois indivíduos foram entrevistados pelo canal russo RT e afirmaram que visitaram Salisbury, onde Skripal morava, como turistas. Também negaram trabalhar como agentes do GRU.

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