Rússia pede "negociações responsáveis" para evitar banho de sangue na Venezuela

Rússia pede "negociações responsáveis" para evitar banho de sangue na Venezuela

Moscou pediu que "ambos os lados renunciem à violência" para chegar a acordo

Estadão Conteúdo

País teve violentos protestos nesta terça-feira

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A Rússia acusou nesta terça-feira a oposição venezuelana de alimentar o conflito político e pediu o início de negociações com o governo de Nicolás Maduro para se evitar um banho de sangue. "A oposição radical na Venezuela voltou a utilizar novos métodos duros de confrontação que somente alimentaram o conflito", segundo o Ministério das Relações Exteriores russo, em comunicado. "Pedimos às partes que renunciem à violência. É importante evitar distúrbios e derramamento de sangue. Os problemas que a Venezuela enfrenta devem ser resolvidos por meio de negociações responsáveis."

No mês passado, Moscou enviou tropas e equipamento para a Venezuela, dizendo que permaneceriam no país o tempo que fosse necessário. Em Caracas, a Embaixada da Rússia afirmou que os militares venezuelanos continuavam do lado do governo de Maduro, depois da convocação para que opositores saíssem às ruas para derrubar o regime chavista. "Os militares seguem do lado do governo legítimo. Nenhuma instalação militar foi tomada", garantiu um porta-voz da missão diplomática à agência russa Interfax. Ele acrescentou que os especialistas militares russos que estão na Venezuela não podem intervir nos eventos que estão se desenrolando em Caracas, porque "não são militares que participam de ações de combate".

Além disso, a fonte russa acrescentou que esses especialistas ajudam a Venezuela em trabalhos de reparação e treinamento de militares, conforme os acordos bilaterais de cooperação assinados por Maduro e pelo presidente russo, Vladimir Putin.

Em entrevista à TV russa RT, o analista e jornalista cubano José Manzaneda afirmou que a operação das forças antichavistas para tirar o político venezuelano Leopoldo López de sua prisão domiciliar foi orquestrada pelos EUA. "Evidentemente é um passo a mais do governo americano e de seus títeres na Venezuela com o objetivo de derrotar o governo bolivariano mediante o suborno de militares de baixa patente", afirmou Manzaneda.


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