Rússia promete "queimar" tanques ocidentais entregues à Ucrânia
Polônia e Inglaterra são os países que anunciaram entrega de tanques ao ucranianos
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A Rússia prometeu "queimar" os tanques que os países ocidentais, especialmente Reino Unido e Polônia, planejam entregar à Ucrânia. "Os tanques estão sendo e vão ser queimados", afirmou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, em entrevista coletiva diária por telefone nesta segunda-feira. Peskov reiterou que os ocidentais utilizam a Ucrânia para "alcançar os objetivos antirrussos" e que o Kremlin continua determinado a atingir "os objetivos da operação militar especial", expressão usada para se referir à ofensiva contra o país vizinho lançada no dia 24 de fevereiro do ano passado.
Fortalecido por uma crescente ajuda militar e financeira do Ocidente, o Exército ucraniano repeliu as tropas russas e infligiu-lhes pesados reveses em 2022. O governo ucraniano alega que precisa de tanques pesados, blindagens leves, sistemas de mísseis de longo alcance e defesas antiaéreas para vencer, definitivamente, o Exército russo e recuperar todos os territórios ocupados por Moscou no leste e no sul do país.
Ajuda da Inglaterra e Polônia
No sábado, o Reino Unido anunciou a entrega de veículos blindados Challenger 2 para Kiev, tornando-se o primeiro país a enviar este tipo de material pesado para a Ucrânia. Nesta segunda, o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, disse estar esperando que Alemanha aprove rapidamente o envio de tanques Leopard à Ucrânia. A Polônia já havia dito que queria enviar veículos Leopard, de fabricação alemã, para a Ucrânia, mas que precisava da autorização de Berlim. "Não consigo imaginar um cenário que não seja de um consenso rápido", declarou Morawiecki à imprensa.
O líder fez essas observações antes de embarcar rumo a Berlim. Na capital da Alemanha - acrescentou -, terá reuniões com "políticos de todo espectro político alemão" sobre o envio de tanques.
Na semana passada, o presidente polonês, Andrzej Duda, afirmou que seu país queria entregar tanques à Ucrânia, "no âmbito de uma coalizão internacional". Para isso, contou com a ajuda de outros países, completou.
