Rússia quer desenvolver novo míssil antes de 2021
Anúncio ocorre após retirada do país do tratado de armas nucleares de alcance intermediário
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"Durante o mesmo período, teremos que criar um sistema de mísseis terrestres de longo alcance", diz ainda o comunicado. Shoigu explicou essa decisão devido à suspensão dos Estados Unidos, no último dia 2, de sua participação no tratado INF (Forças Nucleares de Alcance Intermediário), em vigor desde 1987 e que proibia mísseis terrestres estratégicos com alcance entre 500 e 5.500 km.
A Rússia usou mísseis Kalibr pela primeira vez em 2015, em operações contra rebeldes sírios. No total, 26 mísseis foram lançados de um navio de cruzeiro localizado no Mar Cáspio, a 1.500 km da zona de impacto. Sua potência corresponde ao tipo de armas proibidas pelo tratado INF, e que só se aplica a mísseis terrestres. Segundo Shoigu, os Estados Unidos "trabalham ativamente no desenvolvimento de um míssil terrestre com um alcance de mais de 500 km", razão pela qual "o presidente da Rússia deu a ordem ao Ministério da Defesa para tomar medidas recíprocas".
Os Estados Unidos e a Rússia acusam um ao outro de violar o tratado INF. No sábado, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, anunciou que os Estados Unidos estavam suspendendo "suas obrigações sob o tratado INF". O presidente russo, Vladimir Putin, reagiu imediatamente ao anunciar que Moscou também suspendia sua participação no acordo e que não promoveria novas negociações de desarmamento com os Estados Unidos "até que tenham amadurecido".